Os Melhores Jogos Cooperativos para Crianças Autistas: Diversão e Inclusão

Tempo de leitura: 18 min

Escrito por Arthur de Paula
em outubro 24, 2024

Esse artigo explora como os jogos cooperativos podem ser uma excelente ferramenta para o desenvolvimento social, cognitivo e emocional de crianças autistas. Ele destaca os benefícios desses jogos, como a promoção de habilidades sociais, a redução da ansiedade social e o estímulo ao raciocínio lógico. Além disso, o artigo apresenta uma lista dos melhores jogos cooperativos adequados para crianças autistas, com exemplos que incentivam a colaboração, a empatia e a comunicação. Também são oferecidas dicas práticas para pais e educadores sobre como adaptar os jogos para garantir uma experiência divertida e inclusiva

Os jogos cooperativos têm se mostrado uma ferramenta poderosa no desenvolvimento de habilidades sociais e emocionais em crianças autistas. Diferente dos jogos competitivos, onde a ênfase está em vencer, os jogos cooperativos incentivam a colaboração entre os participantes, criando um ambiente mais acolhedor e menos estressante. Para as crianças autistas, que muitas vezes enfrentam desafios em situações sociais, esses jogos oferecem uma oportunidade de interagir com os outros de forma estruturada e amigável, sem a pressão de competições.

Além de promoverem habilidades sociais como a comunicação, a cooperação e a empatia, os jogos cooperativos ajudam a reduzir a ansiedade que muitas crianças autistas sentem em atividades competitivas. Por meio da colaboração, elas aprendem a trabalhar em grupo, a ouvir e compartilhar ideias, o que contribui para o desenvolvimento de suas capacidades de interação social e de resolução de problemas. Esses jogos também são divertidos e estimulantes, o que os torna uma atividade envolvente para as crianças, enquanto proporcionam oportunidades de aprendizado e crescimento pessoal.

Neste artigo, você encontrará uma seleção dos melhores jogos cooperativos voltados para crianças autistas. Cada jogo foi escolhido por sua capacidade de promover diversão e inclusão, ao mesmo tempo em que ajuda no desenvolvimento de habilidades sociais e cognitivas. Vamos explorar como esses jogos podem ser adaptados para atender às necessidades de cada criança, garantindo uma experiência positiva e envolvente para todos.

Benefícios dos Jogos Cooperativos para Crianças Autistas

Os jogos cooperativos são uma excelente ferramenta para ajudar crianças autistas a desenvolverem suas habilidades sociais, cognitivas e emocionais de forma natural e envolvente. Esses jogos são projetados para promover a colaboração entre os participantes, o que reduz a ansiedade e cria um ambiente seguro para a interação. Aqui estão os principais benefícios que os jogos cooperativos oferecem para crianças autistas:

Desenvolvimento de Habilidades Sociais

Crianças autistas muitas vezes enfrentam desafios em situações sociais, especialmente em atividades que envolvem competição ou comunicação rápida. Os jogos cooperativos ajudam a mitigar essas dificuldades, oferecendo uma plataforma estruturada e amigável onde a comunicação, o trabalho em equipe e a empatia podem ser praticados sem a pressão de vencer ou perder.

  • Como isso acontece: Durante o jogo, as crianças precisam colaborar para alcançar um objetivo comum, o que exige a troca de informações, a resolução conjunta de problemas e o apoio mútuo. Elas aprendem a ouvir os colegas, compartilhar ideias e trabalhar em conjunto, habilidades essenciais para o desenvolvimento social.
  • Exemplo prático: Jogos como “Outfoxed!” ou “Rhino Hero” estimulam as crianças a se envolverem com os colegas, discutindo estratégias e se apoiando para vencer os desafios do jogo. Essas interações repetidas reforçam as habilidades de comunicação e cooperação de maneira lúdica.

Redução da Ansiedade Social

A pressão para vencer ou competir pode ser um fator de estresse significativo para muitas crianças, especialmente aquelas com autismo. Os jogos cooperativos eliminam essa pressão competitiva, criando um ambiente onde o foco está no trabalho em grupo, e não na vitória individual. Isso torna a experiência de jogo mais confortável e inclusiva, permitindo que as crianças se sintam seguras para participar sem medo de julgamento.

  • Como isso acontece: Em vez de competir uns contra os outros, os jogadores trabalham juntos para resolver desafios, o que ajuda a reduzir a ansiedade que pode surgir em situações competitivas. A cooperação entre os jogadores cria um ambiente de apoio mútuo, onde todos têm um papel importante, e o sucesso é compartilhado por todo o grupo.
  • Exemplo prático: Jogos como “Castle Panic”, onde os jogadores se unem para defender o castelo de ataques inimigos, permitem que as crianças se concentrem na colaboração e no suporte aos colegas, criando uma experiência mais relaxada e divertida.

Desenvolvimento Cognitivo

Além de seus benefícios sociais, os jogos cooperativos também são eficazes para promover o desenvolvimento cognitivo em crianças autistas. Muitos desses jogos desafiam os jogadores a usarem o raciocínio lógico, a resolução de problemas e a tomada de decisões em equipe, habilidades essenciais para o aprendizado e o crescimento.

  • Como isso acontece: Ao enfrentar desafios e resolver problemas juntos, as crianças exercitam suas habilidades de pensamento crítico e raciocínio lógico. Elas aprendem a planejar suas ações, a pensar nas consequências de suas decisões e a adaptar suas estratégias conforme o jogo avança.
  • Exemplo prático: Jogos como “Outfoxed!” incentivam as crianças a trabalharem juntas para encontrar pistas e deduzir o culpado, exigindo que elas usem suas habilidades cognitivas para resolver o mistério.

Características de Bons Jogos Cooperativos para Crianças Autistas

Escolher os jogos cooperativos certos para crianças autistas pode fazer uma grande diferença na forma como elas se envolvem e aprendem durante a atividade. Esses jogos precisam ser acessíveis, envolventes e promover um ambiente de colaboração que seja confortável e inclusivo. Aqui estão algumas das principais características que bons jogos cooperativos para crianças autistas devem ter:

Simplicidade nas Regras

Uma característica fundamental dos jogos cooperativos voltados para crianças autistas é a simplicidade nas regras. Jogos com regras complicadas ou difíceis de entender podem causar frustração e afastar as crianças da experiência. Para garantir que todas as crianças possam participar de forma ativa e divertida, os jogos devem ter instruções claras, com uma estrutura fácil de seguir, e que possam ser compreendidas rapidamente.

  • Por que é importante: Crianças autistas podem ter dificuldades em processar informações complexas ou em lembrar muitas regras ao mesmo tempo. Regras simples ajudam a manter o foco e a garantir que o jogo seja uma experiência positiva e acessível.
  • Exemplo prático: Jogos como “Rhino Hero”, onde o objetivo é simples e claro — construir uma torre com cartas sem derrubá-la — são ótimos para crianças autistas, pois a mecânica é fácil de entender e o desafio é direto e envolvente.

Envolvimento Sensorial

Para muitas crianças autistas, o envolvimento sensorial é uma parte importante da experiência de jogo. Jogos que incluem elementos visuais, táteis e auditivos podem ajudar a manter a atenção e o interesse, ao mesmo tempo em que estimulam diferentes sentidos. No entanto, é essencial que esses elementos sensoriais sejam equilibrados para evitar sobrecarga sensorial, uma vez que muitas crianças autistas podem ser sensíveis a estímulos intensos.

  • Por que é importante: O envolvimento sensorial pode melhorar o foco e a experiência geral do jogo, tornando-o mais acessível e envolvente para crianças que têm dificuldades em se concentrar por longos períodos.
  • Exemplo prático: Jogos como “Dixit”, com suas imagens detalhadas e abstratas, oferecem estímulos visuais sem sobrecarga, permitindo que as crianças usem sua imaginação e associem as cartas a pistas. Esse tipo de envolvimento visual pode ajudar a manter o interesse ao longo do jogo.

Colaboração e Empatia

Os melhores jogos cooperativos para crianças autistas são aqueles que incentivam a colaboração e a empatia entre os jogadores. Esses jogos criam uma atmosfera de apoio mútuo, onde todos trabalham juntos para alcançar um objetivo comum. Ao invés de competir, os jogadores se ajudam e se apoiam, promovendo a noção de que o sucesso é compartilhado. Essa dinâmica é ideal para crianças autistas, pois cria um espaço de jogo seguro e confortável, onde elas podem praticar habilidades sociais em um contexto de colaboração.

  • Por que é importante: Crianças autistas muitas vezes enfrentam dificuldades em se conectar socialmente com os outros. Jogos cooperativos que estimulam a empatia e a cooperação ajudam a criar oportunidades de interação positiva, onde as crianças aprendem a valorizar o trabalho em equipe e a importância de ajudar os colegas.
  • Exemplo prático: Em jogos como “Caça ao Tesouro”, os jogadores precisam trabalhar juntos para resolver enigmas e encontrar pistas. Isso ensina às crianças a importância de compartilhar informações e tomar decisões em grupo, promovendo empatia e colaboração.

Lista dos Melhores Jogos Cooperativos para Crianças Autistas

Aqui está uma seleção dos melhores jogos cooperativos que são adequados para crianças autistas. Esses jogos foram escolhidos por suas características que incentivam a colaboração, o desenvolvimento social e o raciocínio, tudo de forma divertida e inclusiva. Cada um deles oferece uma oportunidade única de aprendizado e interação positiva.

1. “Rhino Hero”

“Rhino Hero” é um jogo de construção que estimula a concentração e o controle motor. Os jogadores trabalham juntos para construir uma torre de cartas sem deixá-la cair. O desafio é colocar as cartas cuidadosamente, sem que a estrutura desmorone, enquanto Rhino Hero escala a torre.

  • Por que é bom para crianças autistas: As regras são simples e o jogo exige concentração e paciência, sem pressão competitiva. Isso ajuda a desenvolver o controle motor fino e a coordenação, além de incentivar a colaboração, já que todos os jogadores compartilham a mesma responsabilidade de manter a torre estável.
  • Habilidade estimulada: Controle motor, paciência e colaboração.

2. “Caça ao Tesouro”

“Caça ao Tesouro” é um jogo cooperativo onde as crianças precisam resolver enigmas e pistas para encontrar um tesouro escondido. Os jogadores trabalham juntos para desvendar cada pista e avançar no jogo, promovendo a comunicação e o trabalho em equipe.

  • Por que é bom para crianças autistas: Este jogo incentiva a comunicação clara e a troca de informações entre os jogadores. Além disso, a natureza colaborativa do jogo permite que cada criança contribua para a solução dos problemas, o que promove a autoestima e o senso de conquista.
  • Habilidade estimulada: Resolução de problemas, comunicação e cooperação.

3. “Outfoxed!”

“Outfoxed!” é um jogo de dedução colaborativa onde os jogadores trabalham juntos para resolver um mistério e descobrir qual raposa roubou o bolo. Eles precisam recolher pistas e processar informações para encontrar o culpado, utilizando o raciocínio lógico e a observação.

  • Por que é bom para crianças autistas: O jogo oferece uma oportunidade de dedução em grupo, permitindo que as crianças pratiquem habilidades de solução de problemas enquanto colaboram para alcançar um objetivo comum. Além disso, o jogo é visualmente atraente e envolvente, o que mantém o foco das crianças.
  • Habilidade estimulada: Dedução, raciocínio lógico e trabalho em equipe.

4. “Castle Panic”

“Castle Panic” é um jogo de defesa cooperativa onde os jogadores precisam proteger o castelo de ataques de monstros. Todos trabalham juntos para planejar a defesa, estrategizar e cooperar para garantir a segurança do castelo.

  • Por que é bom para crianças autistas: O jogo exige planejamento e estratégia, permitindo que as crianças pratiquem a tomada de decisões em grupo e o pensamento estratégico. Como o objetivo é comum, todos colaboram para vencer, promovendo o trabalho em equipe e o suporte mútuo.
  • Habilidade estimulada: Planejamento estratégico, tomada de decisão e cooperação.

5. “The Mind”

“The Mind” é um jogo cooperativo único, onde os jogadores precisam se sincronizar mentalmente para colocar as cartas em ordem crescente, sem falar. É um jogo que testa a paciência e a observação, e os jogadores devem tentar entender o ritmo uns dos outros para vencer.

  • Por que é bom para crianças autistas: O jogo é simples em termos de regras, mas desafiante em termos de comunicação não-verbal. Ele promove a paciência e o entendimento silencioso entre os jogadores, ajudando as crianças a desenvolverem habilidades de observação e autocontrole sem a pressão da comunicação verbal.
  • Habilidade estimulada: Paciência, observação e autocontrole.

Dicas para Adaptar Jogos Cooperativos para Crianças Autistas

Os jogos cooperativos podem ser ferramentas incríveis para ajudar crianças autistas a desenvolverem suas habilidades sociais e cognitivas, mas é importante que os jogos sejam adaptados às necessidades individuais de cada criança. Fazer ajustes nas regras, no ambiente e na dinâmica do jogo pode garantir que todas as crianças se sintam confortáveis e envolvidas na atividade. Aqui estão algumas dicas práticas para adaptar jogos cooperativos para crianças autistas:

1. Adapte as Regras

Para que as crianças autistas se sintam à vontade e possam aproveitar ao máximo o jogo, é fundamental adaptar as regras para adequá-las ao nível de compreensão e às necessidades da criança. Jogos com muitas regras complexas podem ser desafiadores e, às vezes, frustrantes. Simplificar as regras ou criar variações específicas pode tornar a experiência mais acessível e divertida.

  • Como fazer isso: Reduza o número de etapas necessárias para jogar, simplifique a tomada de decisões e permita que a criança escolha como participar. Por exemplo, se um jogo envolve muitas ações consecutivas, você pode permitir que a criança escolha entre um número menor de ações. Outra opção é aumentar o tempo de cada turno, permitindo que as crianças tenham mais tempo para processar informações e tomar decisões.
  • Exemplo prático: Em jogos de estratégia como “Castle Panic”, pode ser útil reduzir o número de monstros que atacam por turno ou dar mais tempo para os jogadores planejarem suas ações, para que as crianças tenham a chance de absorver e compreender cada decisão.

###2. Controle de Estímulos Sensoriais

Muitas crianças autistas são sensíveis a estímulos sensoriais, como luzes brilhantes, sons altos ou texturas diferentes. Para evitar sobrecarga sensorial durante o jogo, é importante ajustar o nível de estímulo de acordo com o que a criança tolera confortavelmente. Jogos que envolvem muitos elementos visuais, auditivos ou táteis podem ser extremamente estimulantes e, em alguns casos, distraí-los ou deixá-los ansiosos.

  • Como fazer isso: Escolha jogos com cores suaves e elementos visuais que não sejam muito intensos. Se o jogo inclui sons ou ruídos, ajuste o volume ou evite sons altos que possam ser incômodos. Em jogos que envolvem componentes táteis, como peças de madeira ou fichas, certifique-se de que as texturas sejam confortáveis para a criança e que não causem desconforto.
  • Exemplo prático: Se estiver jogando “Outfoxed!”, escolha um local com iluminação suave e, se necessário, remova componentes que possam sobrecarregar a criança, como barulhos ou cores excessivamente fortes, para garantir uma experiência mais tranquila.

3. Pausas Regulares

Pausas regulares durante o jogo são essenciais para evitar que as crianças fiquem sobrecarregadas, especialmente quando se trata de atividades que exigem muita atenção e interação social. Essas pausas permitem que a criança relaxe, recupere o foco e volte ao jogo de maneira mais tranquila.

  • Como fazer isso: Introduza pausas programadas ao longo do jogo, permitindo que as crianças se afastem da atividade e descansem por alguns minutos. Durante essas pausas, ofereça atividades relaxantes ou um espaço tranquilo onde elas possam descansar. Isso pode ser feito entre rodadas ou após um objetivo importante ser alcançado no jogo.
  • Exemplo prático: Se estiver jogando “Rhino Hero”, permita que as crianças façam uma pausa após a conclusão de cada etapa da torre. Esse tempo fora do jogo pode ajudar a aliviar o cansaço mental e garantir que todos se sintam confortáveis para continuar.

Dicas para Pais e Educadores

Ao introduzir jogos cooperativos para crianças autistas, é essencial garantir que o ambiente de jogo seja inclusivo, seguro e acolhedor. Pais e educadores desempenham um papel importante na criação de um espaço que respeite as necessidades e os limites de cada criança. Aqui estão algumas dicas práticas para preparar o ambiente e garantir que a experiência de jogo seja positiva e estimulante.

1. Criação de Um Ambiente Seguro

Para que as crianças autistas se sintam confortáveis e engajadas, é importante preparar um ambiente de jogo acolhedor e livre de distrações excessivas. Um espaço organizado, tranquilo e sem sobrecarga sensorial permitirá que as crianças se concentrem melhor no jogo e interajam de maneira mais eficaz com os outros jogadores.

  • Como fazer isso: Escolha um local calmo, sem ruídos altos ou luzes fortes que possam distrair ou sobrecarregar a criança. Mantenha o espaço organizado, com os componentes do jogo bem dispostos e acessíveis, para que as crianças possam facilmente entender e interagir com o ambiente. Certifique-se de que o espaço seja confortável e que as crianças tenham a possibilidade de se afastar, caso precisem de um momento de descanso ou silêncio.
  • Exemplo prático: Se estiver jogando “Outfoxed!” em um ambiente escolar, organize a mesa de maneira que todos os componentes estejam bem visíveis e de fácil acesso para todas as crianças. Reduza distrações externas, como barulho excessivo, para ajudar a manter o foco no jogo.

2. Participação Gradual

Cada criança tem seu próprio ritmo de aprendizado e participação, especialmente crianças autistas. É essencial respeitar o ritmo e os limites de cada uma, incentivando a participação gradualmente. Forçar a criança a se envolver ativamente antes de ela se sentir confortável pode gerar estresse ou frustração. A participação gradual permite que a criança se sinta à vontade e, com o tempo, desenvolva mais confiança para se engajar.

  • Como fazer isso: Comece com pequenos passos. Permita que a criança observe o jogo antes de participar ativamente, para que ela possa se familiarizar com as regras e o ambiente. A partir daí, ofereça oportunidades para que ela participe de forma simples, como mover uma peça ou tomar pequenas decisões, sem pressão. Aos poucos, à medida que a criança se sente mais confortável, ela pode assumir mais responsabilidades no jogo.
  • Exemplo prático: Se estiver jogando “Rhino Hero”, deixe a criança observar as primeiras rodadas ou ajudá-la a colocar as peças em seu próprio ritmo. Ao longo do tempo, incentive-a a se envolver mais nas decisões estratégicas e a liderar partes do jogo.

3. Celebrar Pequenas Conquistas

Comemorar pequenas conquistas ao longo do jogo é fundamental para reforçar a autoconfiança e motivar a criança a continuar participando. Cada passo, por menor que seja, deve ser celebrado como parte do progresso da criança no desenvolvimento de suas habilidades sociais, emocionais e cognitivas. O reconhecimento positivo ajuda a criança a se sentir valorizada e a ter mais confiança em suas habilidades.

  • Como fazer isso: Elogie cada contribuição da criança, mesmo que seja uma pequena ação, como mover uma peça ou compartilhar uma ideia. O objetivo é garantir que a criança sinta que suas ações são importantes para o grupo e que seu progresso, seja ele pequeno ou grande, é reconhecido e valorizado. Celebrações simples, como um sorriso, um agradecimento ou uma pequena comemoração com os colegas, podem fazer uma grande diferença.
  • Exemplo prático: Se a criança fizer uma jogada importante em “Castle Panic”, celebre o momento com o grupo, destacando a importância da decisão dela na defesa do castelo. Isso ajudará a reforçar seu senso de realização e incentivará a continuar participando.

Conclusão

Os jogos cooperativos se destacam como uma ferramenta poderosa e acessível para apoiar o desenvolvimento social, cognitivo e emocional das crianças autistas. Diferente dos jogos competitivos, que podem aumentar o estresse e a ansiedade, os jogos cooperativos criam um ambiente onde as crianças trabalham juntas para alcançar objetivos comuns, promovendo a inclusão, o trabalho em equipe e o respeito mútuo. Através da colaboração, essas crianças têm a oportunidade de praticar habilidades essenciais, como a comunicação, a empatia, e a resolução de conflitos, tudo de forma lúdica e envolvente.

Esses jogos também desempenham um papel fundamental no estímulo do raciocínio lógico e da criatividade, ao incentivarem as crianças a resolver problemas de forma coletiva e a tomarem decisões em grupo. Para muitas crianças autistas, que podem ter dificuldade em se engajar em atividades altamente estruturadas ou competitivas, os jogos cooperativos oferecem uma experiência mais leve e inclusiva, onde elas podem participar no seu próprio ritmo, sem sentir a pressão de vencer ou perder.

O impacto positivo vai além da mesa de jogo: as habilidades adquiridas nesses momentos podem ser transferidas para o convívio social e escolar, ajudando as crianças a interagir com os colegas, lidar melhor com as emoções e fortalecer sua confiança em situações de grupo. Cada jogada se torna uma oportunidade de aprendizado, e cada pequeno progresso contribui para o crescimento pessoal.

Para pais e educadores, os jogos cooperativos são uma excelente forma de criar laços com as crianças e observar de perto o desenvolvimento de suas capacidades. Incorporar esses jogos no cotidiano – seja na escola ou em casa – não só oferece momentos de diversão compartilhada, mas também abre portas para conversas, reflexões e melhorias contínuas no apoio ao desenvolvimento da criança.

É hora de incentivar a introdução desses jogos no dia a dia das crianças autistas. Não apenas por serem atividades agradáveis, mas porque ajudam a moldar um ambiente de aprendizado inclusivo, onde cada criança tem seu lugar e sua contribuição é valorizada. Ao integrar jogos cooperativos nas rotinas diárias, estamos ajudando a criar experiências de diversão inclusiva, onde as crianças podem crescer emocionalmente, intelectualmente e socialmente.

Por fim, convidamos os pais, educadores e outros leitores a compartilharem suas experiências nos comentários abaixo. Que jogos têm funcionado para vocês? Que sugestões de adaptações fizeram a diferença? Deixem suas recomendações e ideias para que possamos criar uma comunidade ainda mais forte, onde possamos trocar histórias, soluções e inspirações. Juntos, podemos criar mais oportunidades para as crianças autistas se desenvolverem, se divertirem e, acima de tudo, se sentirem incluídas e valorizadas.

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